quinta-feira, 24 de abril de 2014

A Batalha do Petróleo é Nosso I



 No início dos anos 50 do século passado, o povo brasileiro juntou-se a uma campanha pela criação de uma empresa nacional que se dedicasse aos negócios do petróleo, o movimento, ainda sem “black blocs” no encalço, foi chamada de “O petróleo é nosso”.

Multidões acorriam às ruas, lideradas por homens como o general Julio Caetano Horta Barbosa, um brasileiro que, desde os anos 30 daquele século, fora encarregado por Getúlio Vargas (golpista, ditador e presidente, pela ordem) de cuidar dos negócios do petróleo em nosso país, o escasso ouro negro, essencial para movimentar as modernas máquinas de guerra e de transporte que fizeram dos EUA e outras nações as mais poderosas do mundo capitalista e do planeta.
   E a Petrobrás foi criada, pela Lei Nº 2004 , de 3  de outubro de 1953, e, ao longo de mais de sessenta anos, se fez grande e poderosa, inovadora em tecnologia de prospecção em águas profundas, graças aos vultosos investimentos planejados por seus administradores e ao empenho e engenho dos seus técnicos, que souberam conduzi-la a posições invejadas pelas tantas outras companhias que com ela competem pela extração dessa riqueza chamada petróleo.
   
Antes do surgimento da Petrobrás, o general Julio Caetano Horta Barbosa contratou um famoso geólogo norte-americano, Mr. Link, especialista em prospecção de hidrocarburetos.
 Para decepção dos brasileiros, Mr. Link diagnosticou que o Brasil, em decorrência das formações geológicas que se concentraram para formar o solo e o subsolo nacionais, não teria depósitos de petróleo no território continental, mas, poderia ter, sim, no fundo do mar, na plataforma continental do oceano Atlântico à beira do Brasil plantado.
                     
  A imprensa, nesse  tempo apenas  falada e escrita, reverberou o veredicto maldito de Mr. Link, acusou-o de gringo traidor e incompetente, cujas sórdidas intenções eram desestimular, paralisar e, até mesmo , impedir, os esforços de prospecção brasileiros, que já haviam descoberto petróleo em solo baiano, na localidade  de Lobato.
 Mas a campanha “O Petróleo é nosso”, nas ruas, criou a Petrobrás, e os governantes que sucederam a Getúlio Vargas, ao longo dos tempos políticos brasileiros, civis ou militares, consolidaram a empresa, tendo estes últimos criado a Lei nº 8617, de 4 de janeiro de  1993,  conhecida como a lei das 200 milhas marítimas, garantindo ao Brasil o direito de exploração das riquezas guardadas pela natureza no fundo do mar, como previra Mr. Link, inclusive aquela do pré-sal.

 E, finalmente, graças ao prognóstico de Mr. Link, e aos que nele acreditaram , Getúlio  Vargas  e os governantes militares, consolidou-se o domínio do Brasil sobre a plataforma marítima das 200 milhas, e o petróleo do pré-sal também é nosso, e num dia muito próximo, como a Venezuela que a sugeriu e dela é sócia, o Brasil  fará parte da OPEP, mesmo que Lula da Silva tenha sido gozado por Hugo Chávez quando lhe deu a boa notícia da descoberta dos imensos lençóis petrolíferos  brasileiros do pré-sal.
                         
  O tempo passou rápido, desde o momento em que a estatal do petróleo brasileira foi criada e desenvolveu-se de forma magnífica, até alcançar o patamar de lançar-se num projeto de ampliação e multiplicação de suas instalações, para perseguir o objetivo de conquistar espaço no mercado internacional de refinarias. Para tanto, precisava comprar ou construir Instalações de refino ou prospectar petróleo em águas territoriais de outros países.
 Nesse mesmo espaço de tempo, o desenvolvimento de inúmeros projetos de expansão de suas unidades de refino bem como das suas instalações de pesquisa na cidade do Rio de Janeiro, deram à Petrobrás um conhecimento especializado único no mundo empresarial petrolífero, com um grande destaque para o avanço tecnológico do setor de prospecção em águas profundas.

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