No
início dos anos 50 do século passado, o povo brasileiro juntou-se a uma
campanha pela criação de uma empresa nacional que se dedicasse aos negócios do
petróleo, o movimento, ainda sem “black blocs” no encalço, foi chamada de “O petróleo é nosso”.
Multidões acorriam às ruas, lideradas por homens como o general Julio
Caetano Horta Barbosa, um brasileiro que, desde os anos 30 daquele século, fora
encarregado por Getúlio Vargas (golpista, ditador e presidente, pela ordem) de
cuidar dos negócios do petróleo em nosso país, o escasso ouro negro, essencial
para movimentar as modernas máquinas de guerra e de transporte que fizeram dos
EUA e outras nações as mais poderosas do mundo capitalista e do planeta.
E a
Petrobrás foi criada, pela Lei Nº 2004 , de 3 de outubro de 1953, e, ao longo de mais de
sessenta anos, se fez grande e poderosa, inovadora em tecnologia de prospecção
em águas profundas, graças aos vultosos investimentos planejados por seus
administradores e ao empenho e engenho dos seus técnicos, que souberam
conduzi-la a posições invejadas pelas tantas outras companhias que com ela
competem pela extração dessa riqueza chamada petróleo.
Antes do surgimento da Petrobrás, o general Julio Caetano Horta Barbosa
contratou um famoso geólogo norte-americano, Mr. Link, especialista em
prospecção de hidrocarburetos.
Para decepção dos brasileiros, Mr. Link diagnosticou que o Brasil, em
decorrência das formações geológicas que se concentraram para formar o solo e o
subsolo nacionais, não teria depósitos de petróleo no território continental,
mas, poderia ter, sim, no fundo do mar, na plataforma continental do oceano
Atlântico à beira do Brasil plantado.
A imprensa, nesse tempo apenas falada e escrita, reverberou o veredicto
maldito de Mr. Link, acusou-o de gringo traidor e incompetente, cujas sórdidas
intenções eram desestimular, paralisar e, até mesmo , impedir, os esforços de
prospecção brasileiros, que já haviam descoberto petróleo em solo baiano, na
localidade de Lobato.
Mas a campanha “O Petróleo é nosso”, nas ruas, criou a Petrobrás, e os
governantes que sucederam a Getúlio Vargas, ao longo dos tempos políticos
brasileiros, civis ou militares, consolidaram a empresa, tendo estes últimos
criado a Lei nº 8617, de 4 de janeiro de
1993, conhecida como a lei das
200 milhas marítimas, garantindo ao Brasil o direito de exploração das riquezas
guardadas pela natureza no fundo do mar, como previra Mr. Link, inclusive
aquela do pré-sal.
E, finalmente, graças ao prognóstico de Mr. Link, e aos que nele
acreditaram , Getúlio Vargas
e os governantes militares,
consolidou-se o domínio do Brasil sobre a plataforma marítima das 200 milhas, e
o petróleo do pré-sal também é nosso, e num dia muito próximo, como a Venezuela
que a sugeriu e dela é sócia, o Brasil fará
parte da OPEP, mesmo que Lula da Silva tenha sido gozado por Hugo Chávez quando
lhe deu a boa notícia da descoberta dos imensos lençóis petrolíferos brasileiros do pré-sal.
O tempo passou rápido, desde o momento em que a estatal do petróleo
brasileira foi criada e desenvolveu-se de forma magnífica, até alcançar o
patamar de lançar-se num projeto de ampliação e multiplicação de suas
instalações, para perseguir o objetivo de conquistar espaço no mercado
internacional de refinarias. Para tanto, precisava comprar ou construir
Instalações de refino ou prospectar petróleo em águas territoriais de outros
países.
Nesse mesmo espaço de tempo, o desenvolvimento de inúmeros projetos de
expansão de suas unidades de refino bem como das suas instalações de pesquisa
na cidade do Rio de Janeiro, deram à Petrobrás um conhecimento especializado
único no mundo empresarial petrolífero, com um grande destaque para o avanço
tecnológico do setor de prospecção em águas profundas.
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