Se depender de alguns dos juízes do
Supremo Tribunal Federal, a sociedade brasileira nunca terá seus verdadeiros
interesses políticos atendidos, pelo menos é o que ficou demonstrado no último
julgamento da questão das sentenças proferidas em Segunda Instância.
Para não falar muito, podemos nos
perguntar como podemos acreditar nos argumentos “garantistas” de juízes de uma
suprema corte de justiça que tergiversam quando têm que demonstrar segurança
absoluta em julgamento de um princípio normativo construído para defender a
sociedade de crimes cometidos contra ela, em especial por indivíduos que se
aproveitam do fato democrático de terem sido eleitos legal e legitimamente pelo
voto popular?
Em várias ocasiões, o mesmo plenário,
que considerou corretas as sentenças antes promulgadas em Segunda Instância,
condenatórias de abusos praticados por autoridades de governo associadas a
empresários que mantêm negócios multimilionários com empresas estatais, revela
que os senhores juízes cometeram um erro de interpretação e desrespeitaram o
texto constitucional que não permite a prisão decidida apenas em Segunda
Instância, e, portanto, obrigaram-se a voltar atrás em voto que defendeu os
interesses de toda uma sociedade, mesmo interrompendo um rito constitucional
que não condiz com a realidade brasileira vilipendiada por políticos
desonestos, passando, na verdade, a defender os interesses de apenas um
indivíduo e seu partido político, ambos envolvidos em falcatruas de assalto
comprovado a cofres públicos recheados de dinheiros arrecadados do povo
brasileiro trabalhador.
E o pior ainda estará por chegar, com
a possível reeleição dos mesmos indivíduos que assaltaram, de modo comprovado,
tantos cofres de organizações complexas do Estado, agora perdoados por uma
corte suprema de justiça.
Essa gente que dilapidou as finanças
públicas, não hesitará em se utilizar do engenho publicitário e de suas
modernas técnicas de encantamento para convencer o eleitorado nacional de que,
eles, os contumazes ladravazes, são os mais honestos cidadãos sobre a face do
território brasileiro e os mais competentes administradores que o mundo já
conheceu, e, invertendo a realidade, afirmará, com todas as letras, que, em
quatorze anos de presidência desta desprotegida República, só praticaram atos
corretos com o intuito de engrandecê-la perante o restante dos demais países do
planeta, jamais se responsabilizando por aquilo que praticaram com muito gosto:
o roubo descarado dos cofres públicos em todos os níveis de governo: no
federal, no estadual e no municipal. E em todo tipo de empresa estatal que lhes
foi dado gerenciar.
Essa gente que se considera muito esperta,
roubou os cofres públicos de cabo a rabo, cooptando para o assalto aos cofres
públicos nacionais inclusive governantes e empresas de outros Estados
nacionais, aliciados para contratar empresas brasileiras corruptas, e as doutas
figuras que assumiram posições no Supremo Tribunal Federal conhecem também esta
nua e crua verdade política que envergonha o Brasil no exterior: que
presidentes de outros países foram condenados pela justiça dos próprios países
por se associarem aos brasileiros desonestos, liderados pelo Mártir da
Corrupção, e foram e continuam encarcerados, enquanto no Brasil o condottiero do assalto às finanças
públicas está solto para continuar mentindo sobre os atos desonestos que,
comprovadamente, cometeu contra a sua própria terra natal.
Apenas um infantil “garantismo”
jurídico positivista não tem o direito de assumir, contra o anseio da maioria
dos brasileiros, a proteção constitucional de verdadeiros bandidos que se
aproveitaram do poder que a democracia lhes deu para tripudiarem sobre uma
populosa nação como a brasileira, e nem os senhores juízes que ganharam suas nomeações
dos governantes que dilapidaram as finanças públicas nacionais podem fazer de
conta que desconhecem os malfeitos dessa gente que os nomeou, porque em assim
procedendo e julgando estão atirando no poço da indignidade jurídica o título
que a sociedade lhes autoriza a ostentar, o de juízes de um Supremo Tribunal
Federal.
Em defesa da verdade e do poder
judiciário, ainda que numa contradição das contradições, que a história do
Supremo Tribunal Federal registrará sem piedade e para suprema vergonha dos
seis juízes “pseudo-garantistas constitucionais”, e para espanto e alegria dos cidadãos
brasileiros e dos estudantes nos mais de mil e duzentos cursos de ciências
jurídicas no Brasil, cinco dos onze juízes desta corte suprema de justiça,
também nomeados por esses mesmos governantes assaltantes de dinheiros públicos,
se recusaram a libertá-los das prisões a que foram condenados por juizados de
Segunda Instância - em especial respeito pelo enorme amontoado de provas
reunidas contra os políticos, empresários e burocratas desonestos, e votaram
favoravelmente à manutenção dos ladravazes nos cárceres onde devem permanecer
para proteção de toda a sociedade brasileira, mesmo que se enquadrem como
devedores de suas nomeações para esta corte suprema, atitude que ainda mais a
engrandece e protege da fúria popular que anseia por vê-la com as portas
cerradas em definitivo, em decorrência da estúpida decisão dos “juízes
garantidores”!
A decisão azul-caneta dos seis
juízes “garantistas”, neste caso da Segunda Instância, é um indicador que
aponta para a difícil missão das elites governantes brasileiras de aprovarem as
mudanças políticas, jurídicas e administrativas que são imprescindíveis para
colocar o Brasil no rumo da retomada do desenvolvimento e crescimento que o
país tanto necessita.
Enquanto isso, os cinco juízes que
votaram com uma caneta azul pela continuidade do encarceramento dos assaltantes
dos cofres públicos nacionais – Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luís Roberto
Barroso, Luís Fux e Edson Fachin, apontam para a esperança de que o Supremo
Tribunal Federal um dia tenha seus quadros renovados e ocupados por profissionais
das ciências jurídicas atentos aos interesses do povo brasileiro, homens e
mulheres que defendam muito mais o direito levantado pelas ruas contra o
direito sempre achado nas constituições e nos convescotes das elites dirigentes
que “lutam para que tudo continue como está e sempre esteve”, que não desejam
as mudanças que lhes retirarão alguns seculares privilégios.
A escolha de profissionais das
ciências jurídicas para o ocuparem os cargos de juízes do Supremo Tribunal
Federal não é uma tarefa fácil, mas o modelo brasileiro dominado pelas
instâncias políticas mostra-se ultrapassado e deve ser repensado com a devida
urgência. Existem modelos de seleção de juízes que contam com a participação
popular, além daquela das elites dominantes. O Brasil pode e deve descobrir um
modelo mais conveniente para a escolha de juízes do Supremo Tribunal Federal,
inclusive atentando-se para a diminuição do tempo de permanência destes
profissionais ocupando um cargo nessa instituição, quem sabe seria importante
acabar com o direito à vitaliciedade.
O sexteto de juízes azul-caneta – a
Mestra Prolixa, o Chefinho Envaidecido, o Dunga Zangado, o Polonês de Bayern, o
Senhor das Moedas e o Advogado dos Sem Concurso, que, ao abolirem a prisão em
Segunda Instância libertaram uma gente que pode ser enquadrada em assustadoras categorias
criminais – de políticos corruptos, empresários desonestos, burocratas do
colarinho branco, narcotraficantes, assaltantes de bancos, estupradores e
assassinos de inocentes - todos eles grupos com recursos financeiros à sua disposição,
necessários para contratar os serviços de bancas de advocacia - é decepcionante
reconhecer, são perfeitamente conscientes da qualidade das maldades que estas
criaturas tortas podem cometer contra a cidadania indefesa.
Enfim, os juízes brasileiros de
todas as instâncias são conscientes de que o positivismo jurídico que abriga
toda a legislação nacional – desde a Constituição, passando por todos os
Códigos e pela legislação infraconstitucional, são fórmulas ultrapassadas cujas
brechas precisam ser interpretadas em favor da maioria que não é mais
silenciosa, e tal coletânea de leis precisa sofrer adaptações urgentes para
melhor servirem aos interesses de uma cidadania que se informa e se manifesta
rapidamente pelas redes sociais, dominadas pela velocidade da luz dos
celulares, dos computadores e das imagens televisivas.
Os juízes brasileiros, em
especial aqueles das instâncias superiores, têm que se conscientizar que o modismo
importado do “politicamente correto” não pode ser usado para livrar criminosos
identificados pela polícia e condenados pelas instâncias inferiores a muitos
anos de cadeia, que essa mesma fragilizada legislação positivista põe na rua
tão logo tenham sido beneficiados pelo cumprimento de apenas um terço de suas
penas.
Os senhores juízes superiores
precisam entender que apenas este último dispositivo acima citado, desmoraliza
e desacredita a possibilidade de punição àqueles cidadãos que enveredam pelas
sendas do crime contra os cofres públicos, uma ação tão criminosa que não pode
ser perdoada sob nenhum pretexto.
Para concluir esta longa reflexão
sobre a desconstrução das condenações em Segunda Instância, diríamos que a
soltura do Mártir da Corrupção, uma jararaca que apenas teve o rabo pisado,
como ele mesmo gosta de se anunciar, pôs nas ruas brasileiras, pronto para
incendiá-las, esse furacão estúpido e envaidecido que se diz a criatura mais
honesta sob a face do planeta terra, um indivíduo que se acredita predestinado
a comandar o destino de toda uma nação, alguém acima de todos e de tudo, um
homem acima das instituições, uma personalidade narcisista acima até do próprio
Deus. Um NPD (Narcisistic Personality Disorder), ou portador do Transtorno de Personalidade Narcisista, doença que não tem cura.
Ao invés de aproveitar a
liberdade que lhe foi concedida para promover uma humilde conciliação com o
país dividido politicamente, o Mártir da Corrupção insultou as instituições e a
cidadania consciente e convocou seus liderados para o confronto com a população
que dele desistiu e nele não mais acredita, um falso líder que aposta que as
condenações que recebeu pelos crimes cometidos e comprovados possam ser até
anulados pela justiça que já se pronunciou sobre eles em trânsito julgado,
porque, para ele, os tais delitos nada significam se comparados ao tanto que afirma
ter feito pelos pobres do Brasil em quatorze longos anos de governo.
O que o Mártir da Corrupção não
revela é que, ao mesmo tempo em que dava a esmola da Bolsa Família e outras
tantas bolsas a milhares de brasileiros, aproveitava para assaltar os cofres da
nação.
Os juízes do Supremo Tribunal
Federal e o Mártir da Corrupção deveriam se assustar com a fuga de Evo Morales
- um discípulo prestigiado da jararaca do rabo machucado, o ex-presidente da
Bolívia que buscou asilo no distante México, também presidido por um crente da
víbora brasileira, dizendo-se ameaçado pelas Forças Armadas bolivianas, que ele
chefiou acreditando que fossem bolivarianas, e não o eram, assim como o povo
boliviano que, com suas bandeiras nas ruas, também demonstrou não ser
bolivariano.
Por último, e muitíssimo
importante, torna-se imperativo denunciar a grave omissão do poder Legislativo,
cujos líderes do momento ou fazem de conta que não têm nada a ver com o
imbróglio da Segunda Instância, no caso da Câmara dos Deputados, ou demonstram
conhecer muito pouco da responsabilidade que têm nas mãos, que é o caso do
Senado Federal.
Faço minhas as suas palavras, muito bem colocadas. Tendo sido parte ativa do grupo jurídico desta espoliada nação, por um bom tempo, sinto-me extremamente humilhada pela atuação vergonhosa dos colegas ditos eméritos e superiores. Sinto uma angustia enorme pela constante decepção com o poder judiciário, dito guardiao e executor da JUSTIÇA.
ResponderExcluirO descaramento do *cara* que pensa ser o salvador do mundo me enoja. Vou continuar vivendo no Brasil até o fim, embora lamente não ser mais atuante para lutar com aqueles que estão do lado da verdade, da ética e da moral.
Cumprimento você pelo belo texto e pela clara e jurídica reflexão!!