O bloco de países que formam o
Mercosul tem uma história que se assemelha a uma novela de televisão da qual já
se sabe o final, graças ao roteiro desencontrado em que, quando menos se espera,
surge uma nova trama que passa a dominar o desenrolar da estória, basta
observar o túnel do tempo do cenário político-econômico argentino, entre as
últimas décadas do século XIX e as duas primeiras do século XXI, e o país
“hermano” nos brindará com um interminável vai-e-vem político que nunca aponta
o caminho de decisões que possam
reverter uma incontrolável sucessão de erros dos seus governantes, civis ou
militares, democratas ou ditadores, que apenas
aprofundam a recessão naquela que é considerada uma das regiões mais
promissoras para a instalação de um processo de desenvolvimento econômico
sustentável e duradouro e até de uma aliança com seus vizinhos.
A história registra devidamente o
calvário dos argentinos nas mãos de seus governantes no século e meio que se
iniciou nas duas últimas décadas do milênio dos oitocentos, fossem eles civis
ou militares. No entanto, dentre todos aqueles que tiveram a honra de governar
o bravo povo argentino, destaca-se um coronel, Juan Domingos Perón, que esteve
no poder por longos anos, com intervalos em que a chama populista peronista
nunca se apagou.
Perón foi adido militar de seu
país, entre 1940 e 1941, na Itália de Benito Mussolini de quem se tornou um
ardoroso admirador e de quem dizia: “O Duce é o maior homem do século!”. O
fascínio de Juan Domingos Perón pelo nazi-fascismo explica por que a Argentina
se tornou um refúgio para criminosos de guerra nazistas após a Segunda Guerra
Mundial. Durante a guerra, os nazistas da marinha de guerra alemã aproveitavam para
descansar em Buenos Aires, às vezes por um mês inteiro de muita farra e
bebedeiras e reabastecimento, pois ao deixarem a capital portenha poderiam se
deparar com os canhões e torpedos da marinha inglesa. E foi o que aconteceu com
o pessoal que servia no Graff Spee, um dos maiores barcos de guerra nazistas
que, depois de umas férias em Buenos Aires, ao deixar as águas do Rio da Prata,
foram atacados e tiveram seu navio afundado pelos ingleses que os esperavam em
uma mortal emboscada oceânica.
Em 1943, Perón inicia sua participação
na política argentina como Ministro do trabalho de um núcleo militar que chegou
ao poder por meio de um golpe de Estado, mas em 1945 o grupo se dividiu em
facções e o nosso herói se aliou à facção que foi derrotada, e foi detido.
Juan Domingos Perón pode ser
considerado o mais perverso governante populista argentino, um líder que,
durante o primeiro mandato, se aproveitou do carisma de uma de suas esposas, Maria
Eva Duarte, a atriz e radialista que - mais tarde, encantou as multidões
argentinas com ações assistencialistas como Evita, a Rainha dos Descamisados -
pediu ao povo, pelas ondas radiofônicas, que fosse para as ruas exigir a
soltura do político que foi detido após participar, em 1945, de uma tentativa fracassada
de golpe dentro de um golpe político.
Quatro dias depois de sua
libertação, Perón e Evita se casaram, e, em fevereiro de 1946, ele foi eleito
presidente para um mandato de seis anos. Nessa época, enquanto ela montava um
esquema de assistência social aos pobres e necessitados, ele governava com mão
de ferro prendendo e eliminando qualquer cidadão, principalmente políticos, jornalistas
ou sindicalistas que denunciassem seus delitos e suas fraudes ou mesmo
contrariassem seu governo.
A trajetória vitoriosa de Benito
Mussolini incentivou o desejo de Perón de se tornar um ditador em seu próprio
país, apoiado também por um partido único como na Itália fascista, e ele lutou
para que seu país fosse também dominado por um partido único, um partido “Justicialista”.
Em 1951 Evita adoeceu gravemente,
descobriu-se que a sua doença era um câncer uterino e ela veio a falecer em
julho de 1952, e a Argentina foi tomada por uma catástrofe, e ao longo de meses
e anos o povo argentino continuou pranteando a mulher que havia se tornado uma
lenda, principalmente aqueles que foram beneficiados pelos programas de
assistência social.
Enquanto Evita lutava contra a
doença, Perón foi reeleito presidente para mais um mandato que deveria durar de
1952 a 1958, mas seu segundo governo foi um fracasso. Perón perseguiu a Igreja
Católica e a imprensa que o ajudaram a se eleger e se reeleger, nesse segundo
mandato. Apesar da ferocidade com que perseguia seus desafetos, individuais ou
institucionais, Juan Domingos Perón foi defenestrado do poder presidencial em
1955 e partiu para o exílio, deixando milhões de órfãos de um regime
assistencialista que o Tesouro argentino não tinha condições de sustentar. Mas
o capital político peronista, vigente por mais de meio século, permanece como
uma maldição sobre o destino político da Argentina.
Uma das atrocidades macabras de
Perón foi ter feito o cadáver embalsamado de Evita perambular entre Buenos
Aires e as cidades de Roma e Milão, na Itália e Madri, enquanto ele residia na
capital espanhola, e mais tarde de volta a Buenos Aires. Tal atrocidade foi
repetida contra o próprio Perón, pois depois de morto aos 77 anos e sepultado
no cemitério de La Chacarita, os peronistas profanaram sua sepultura para lhe
decepar as mãos, uma loucura que só o fanatismo mais tresloucado pode cometer.
Perón foi também a principal liderança
argentina responsável pelo incentivo à violência, tendo patrocinado a criação
do Movimento Peronista Montonero, grupo rebelde nacionalista radical que
sequestrou e assassinou o ex-presidente Pedro Aramburu, “julgado e condenado à
morte” pelos terroristas em cárcere privado e morto com um tiro na nuca, porque
convocou eleições e não permitiu que os comunistas e os peronistas se
candidatassem.
Perón queria ver a violência corroendo o
tecido social do país, enquanto preparava o próprio retorno à presidência por
meio de um golpe eleitoral: fez o peronista Héctor Cámpora candidatar-se a
presidente da República em 1973, e o elegeu com os votos peronistas, e fez o
seu candidato renunciar dois meses depois de eleito, mas não antes de obter o
direito de retornar à Argentina, e com os direitos políticos também
readquiridos.
No período em que Perón esteve exilado
na Espanha e proibido de retornar à Argentina, além dos Montoneros, o país viu
surgirem outras organizações terroristas, entre elas as Forças Armadas
Revolucionárias (FAR), de tendência marxista-peronista; as Forças Armadas de
Libertação (FAL); O Exército Nacional Revolucionário (ENR); e o trotskista
Exército Revolucionário do Povo (ERP).
De posse de seus direitos
políticos, como qualquer outro cidadão, e com a renúncia de Héctor Cámpora, o
caminho ficou livre para Juan Domingos Perón se candidatar à presidência da
República mais uma vez, em 1973, e ele elegeu-se emplacando María Estela
Martínez de Perón como vice-presidente. Esta senhora foi uma descoberta de Perón
no Panamá, na caminhada do exílio em direção a Madri, enquanto ela trabalhava
como bailarina em um clube noturno da capital panamenha. À época, ele tinha 60
anos e ela, 25. Perón sempre gostou de mulheres mais jovens que ele e até de
ninfetas, como Nellida Rivas, de 13 anos de idade, que descobriu após a morte
de Evita, e de cujo estupro ele foi acusado e sofreu um processo em 1955.
María Estela Martínez de Perón
recebeu o epíteto de Isabelita, e tornou-se presidenta da Argentina após a
morte de Juan Domingos Perón, mas foi deposta por um golpe de Estado, em 1976,
e substituída por uma junta militar. Isabelita foi acusada pelo desaparecimento
de mais de 600 pessoas durante o seu período de governo. Ela teve como
conselheiro um astrólogo, José López Rega, apelidado de El Brujo, cuja expressiva
atuação junto a Isabelita deu origem ao trocadilho “La plantó Perón y López
Rega”!, um jogo de palavras muito usado
pelos argentinos à época.
A junta militar que substituiu
Isabelita era formada pelo general Jorge Videla, pelo almirante Emílio Massera
e pelo brigadeiro Orlando Agosti. Os militares que sucedem o ciclo político de
Juan Domingo Perón, nas tentativas de “desperonizar” a Argentina, a mergulharam
nas trevas. Qualquer resistência civil ou terrorista era massacrada pelos
militares no poder, que além de torturarem barbaramente aqueles que eram
aprisionados em seus quartéis, os atirava de aviões no alto mar, amarrados um
ao outro como numa tira de linguiça. Comparada à violência da repressão militar
argentina, a repressão militar brasileira pode ser considerada uma ação de
amadores, mesmo assim, no Brasil, os militares praticaram muita tortura e
muitos crimes.
Jorge Videla ocupou a presidência
por cinco anos, e ele foi implacável na perseguição e destruição dos grupos
terroristas atuantes no território argentino, mas acabou substituído por outro
general, Roberto Viola que, a sua vez, foi substituído pelo general Leopoldo
Galtieri, que lançou o país numa guerra pelas Ilhas Malvinas, ocupadas pelos
ingleses há mais de um século, e que a chamavam de Falkland. Em três meses a
Argentina conheceu o gosto de uma derrota humilhante para os ingleses. Em 15 de
junho de 1982 a Argentina se rendeu e dois dias depois o general Galtieri
renunciou.
Após a renúncia do general
Galtieri, uma junta militar convocou eleições e devolveu o poder presidencial
aos civis, confirmando a prática sucessória argentina. Em outubro de 1983 os
argentinos elegeram um novo presidente civil, e Raúl Alfonsin, um político
filiado à União Cívica Radical (UCR), foi o escolhido, e o clima político
mudou, embora a economia continuasse ingovernável e os grupos guerrilheiros
continuassem praticando barbaridades.
O governo de Raúl Alfonsin chegou
ao fim com uma inflação de 200% ao ano, além de enfrentar três tentativas de
golpe militar e outras rebeliões no decorrer dos seis anos em que esteve na
presidência.
Para substituir Raúl Alfonsin, os
argentinos trouxeram de volta um peronista, Carlos Menem, que, numa tentativa
de resolver os problemas da economia argentina, lançou um programa de
privatizações que desagradou aos peronistas e à esquerda que o ajudaram a se
eleger. Menem conseguiu se reeleger em 1995, mas seu segundo mandato seria um
desastre.
Os peronistas perderam as
eleições presidenciais em 1999, vencidas por Fernando De la Rúa, da UCR, que
cumpriu apenas dois dos seis anos de mandato, e renunciou após ver fracassar
seus planos de austeridade e assistir o país mergulhar em novo caos social e
econômico.
O drama político argentino é
único: após a renúncia de De la Rúa, o país teve quatro presidentes provisórios
em duas semanas, até que o Congresso Nacional elegesse Eduardo Duhalde para completar o mandato do
presidente renunciante, que seria concluído em 2003.
Néstor Kirchner é o próximo
político a se eleger presidente da República Argentina, para o período de 2003
a 2007. Nas eleições de 2007, Néstor Kirchner consegue eleger sua esposa,
senadora Cristina Kirchner, presidente da República com pouco mais de 40% de
votos.
Durante um longo espaço de tempo,
o marido por um mandato e a esposa por mais dois, os argentinos foram
governados pela família Kirchner que, revelam inúmeros textos acadêmicos e
jornalísticos argentinos, com o marido e a esposa sobraçando as rédeas do poder
Executivo como se estivessem administrando uma empresa de sua propriedade
particular, graças ao populismo peronista que encanta e domina o eleitorado
argentino.
Morto o marido Néstor Kirchner,
após uma crise cardíaca, em 2010, o povo argentino elegeu a esposa, Cristina
Kirchner, presidenta do país, pela segunda vez. E esta senhora, antes eleita
senadora por muitos anos, deu continuidade ao projeto político populista do
esposo, terminando, como não poderia deixar de ser, enredada em acusações e
processos de assaltos aos cofres públicos, e até do assassinato de um promotor
público que reuniu provas sobre seus delitos, que a impediram de se candidatar,
mais uma vez, à presidência da República Argentina.
Mas, mesmo enfrentando dissensões
dentro do partido peronista, Cristina Kirchner conseguiu fazer parte como
candidata à vice-presidência e eleger-se na chapa presidida por Alberto
Fernández, seu inimigo peronista, que, por sua vez, só a aceitou para poder receber
os votos cativos que pertencem à família Kirchner, e assim derrotar ao
candidato Mauricio Macri, ocupante da cadeira presidencial. E assim os
peronistas retornaram ao poder nessas eleições de 2019, deixando no ar a
expectativa de possíveis enfrentamentos entre a facção “justicialista” de
Cristina Kirchner e aquela liderada pelo presidente eleito, Alberto Fernández.
Enfim, espero que este breve
resumo da história política argentina nos últimos cento e quarenta anos, mostre
como é difícil articular qualquer tipo de aliança econômica com este país
“hermano”, tendo em vista que os próprios argentinos encontram muita
dificuldade para construir o próprio caminho político sustentável e de longo
prazo que dê ao país o equilíbrio e a estabilidade necessários para gerar a
credibilidade exigida por tratados político-econômicos regionais de longa
duração.
Juan Domingos Perón e Getúlio
Vargas tentaram concretizar um projeto de integração regional, depois Juscelino
Kubitscheck sonhou com essa possibilidade e, finalmente, José Sarney e Raul
Alfonsin conseguiram convencer o Uruguai e o Paraguai a participarem da
empreitada, e, em 26 de março de 1991, foi assinado o Tratado de Assunção que
deu início ao processo de constituição de um mercado comum na região do Cone
Sul latino-americano.
No decorrer de uma década e meia,
intensas trocas comerciais entre os parceiros resultaram em um incremento de
alguns bilhões de dólares que alimentaram as economias dos países integrantes
do Mercosul, com vantagens crescentes para o Brasil e a Argentina e queixas do
Paraguai e Uruguai apontando as desvantagens acumuladas, principalmente em
decorrência das escalas de produção de suas indústrias e do tamanho de seus mercados
internos.
Apesar dos desencontros no
Mercosul, vantagens comparativas foram estabelecidas e compensações foram
criadas e usufruídas pelos parceiros menores, ainda que não se tenha logrado integrar
cadeias produtivas das economias dos países parceiros, sequer entre os dois
parceiros mais ricos, como inicialmente previsto, o que possibilitaria, por
exemplo, vantajosos acordos comerciais com outros blocos comerciais mundo
afora.
Dividido entre dois senhores, o
econômico e o político, o projeto do Mercosul sucumbiu torpedeado pelo tiro de
misericórdia da insanidade bolivariana do venezuelano Hugo Chávez, que, ao
invés de dedicar-se ao projeto maior do desenvolvimento regional integrado, apoiou
e incentivou os projetos de poder político liderados pelos líderes que se
diziam de esquerda na Argentina, no Brasil, na Bolívia, e no Equador, vencedores
dos pleitos eleitorais naqueles países, acreditando que se tornaria o líder de
todos eles. Hugo Chávez chegou a comprar cerca de nove bilhões de dólares em
títulos da Argentina, para ajudar a suprir a falta de crédito dos Kirchner no
mercado externo, além de apoiar a eleição de Cristina transferindo, sem o
devido registro obrigatório, alguns milhares de dólares norte-americanos, o que
foi descoberto por acaso pela aduana argentina.
Na Nicarágua se divulga, no
boca-a-boca, a estória do passarinho do doce encanto: uma ave de bela plumagem
e cores deslumbrantes que voa sobre as cabeças dos cidadãos, incitando-os a
capturá-lo, mas, se alguém o agarra, transforma-se e deixa-lhes nas mãos apenas
um montão de excremento.
A lenda nicaraguense do doce pássaro do
encanto serve para ilustrar o que aconteceu com o projeto de desenvolvimento
integrado do Mercosul, pois justamente no momento em que mais se necessitava da
união de todos os projetos nacionais dos parceiros para integrar suas economias
e negociar em conjunto com as demais regiões já globalizadas, embarcou-se na
proposta chavista de enfrentamento do capitalismo, projeto bolivariano que
transformou-se em um montão de excremento nas mãos dos dirigentes sul-americanos
que sonharam em edificá-lo.
Desse monte de excrementos que
sujam as mãos dos chamados governantes de esquerda, destaca-se o verme da
corrupção que se ceva nas empresas do Estado e aflora com tanta intensidade e
voracidade que não mais pode ser escondido do cidadão comum, que conduziu pela
mão do sufrágio universal os dirigentes de esquerda ao poder em tantos países
sul-americanos.
Finalizamos este texto, que tem
como tema principal o Mercosul, concluindo que se os argentinos continuarem divididos
em suas decisões políticas internas, agora acrescidas da defesa do fracassado
sonho bolivariano do falecido Hugo Chávez, e continuarem tentando se intrometer
na política interna brasileira, aos gritos de “Lula livre!”, nunca passaremos
de apenas trocas comerciais entre o Brasil e a Argentina, o que não necessita
da formação de um grande e respeitado bloco comercial internacional para
acontecer.
No impasse político em que se
encontra, o Mercosul jamais se viabilizará, nem no contexto sul-americano e nem
tampouco no cenário internacional globalizado, porque se mostra frágil em
decorrência do desgastante embate entre duas visões de mundo que se dizem
contrapostas, uma de direita e a outra de esquerda, cujos representantes, em
especial na Argentina, uma vez assumindo o poder presidencial, procuram
desfazer quaisquer decisões de políticas públicas que tenham sido tomadas e
implementadas pelo adversário destituído, ainda que eleito em pleitos livres e
democráticos, não demonstrando qualquer apreço pelo destino econômico do país
nem tampouco o da região.
Ao Brasil restará tentar fazer
sobreviver apenas trocas comerciais com a Argentina, nosso terceiro parceiro no
mundo globalizado, depois dos Estados Unidos e da China, porque dificilmente
conseguiremos negociar o adequado funcionamento do bloco econômico do Mercosul,
pelo menos enquanto os líderes argentinos no poder continuarem a defender a
liberdade de um líder político brasileiro já condenado pela justiça brasileira
- a quase trinta anos de cadeia, em decorrência de delitos cometidos e
comprovadamente apurados.
Os políticos latino-americanos
não admitem ser obrigados a pagar pelos crimes que venham a cometer enquanto
estiverem no exercício de cargos e funções públicas, em um total desrespeito
para com os demais cidadãos, a despeito de conhecerem o exemplo do Peru, que
julgou e condenou seu ex-presidente Alberto Fujimori a mais de trinta anos de
cadeia. Muitos outros países, com destaque para a Coréia do Sul, condenaram e
continuam condenando presidentes e ex-presidentes da República à cadeia pelos
crimes que cometeram ou venham a cometer no exercício de suas funções ou cargos,
pois todo cidadão, independente do cargo que ocupem na sociedade ou da riqueza
que amealhem, estão sujeitos às penas da lei e a pagarem pelos delitos
cometidos.